A farmácia é um estabelecimento de saúde com finalidade de fornecer o serviço ao ser humano a fim de melhorar a promoção,proteção da saúde individual e coletiva. Embora os órgãos responsáveis pela administração da saúde priorizem acertadamente a maior disponibilidade do medicamento à população,visto que se trata de instrumento essencial na promoção, proteção e recuperação da saúde ,esse esforço pode se transformar em problema, caso não se considere o uso racional como ponto primordial do processo. É preciso que estejamos conscientes de que as reações adversas (eventos nocivos e não intencionais em decorrência do uso de um medicamento em doses normalmente recomendadas),as intoxicações medicamentosas acidentais (por uso incorreto ou ingestão indevida), as interações medicamentosas (uso de mais de um medicamento simultaneamente) e a ausência de efeito terapêutico (por desvio ou fraude na fabricação, manuseio ou uso de medicamentos) são responsáveis por sérios danos à saúde das pessoas. Nos Estados Unidos, um estudo mostrou que, em 1998, elas foram a quarta causa de morte mais freqüente naquele país, sendo superada somente pelo infarto do miocárdio, câncer e acidente vascular cerebral. No Brasil, de acordo com últimos dados do Ministério da Saúde (2004), sabe-se que os medicamentos lideram o ranking de agentes de intoxicação humana,ficando à frente de agrotóxicos, raticidas, metais, alimentos e até mesmo drogas de abuso. A farmácia não deve, em qualquer circunstância dispensar medicamentos exclusivamente com objetivo comercial ao passo que entregamos em domicílio o medicamento visamos somente o lucro e não a qualidade do serviço oferecido. Em sua função o farmacêutico tem que prestar assistência farmacêutica,um novo modelo ,centrado no paciente,alternativa que busca melhorar a qualidade do processo de utilização de medicamentos alcançando resultado concretos o que contribui para uma política nacional de medicamentos. papel do farmacêutico é fundamental para a promoção da saúde, em especial no uso racional de medicamentos. Uma vez que o medicamento é fundamental para o tratamento e a qualidade de vida do paciente. O farmacêutico, além de acompanhar e verificar a prescrição médica deve avaliar as doses e interações do medicamento que estar sendo dispensado. O uso racional de medicamentos (URM) requer que o paciente receba a medicação apropriada a sua necessidade clínica, em doses adequadas com seus requerimentos individuais, por um período adequado, e ao menor custo para o indivíduo e para sua comunidade.
Devemos nos preocupar ainda mais porque sabemos que muitos pacientes apresentam doenças crônicas e concomitantes, as chamadas co-morbidades e, consequentemente, fazem uso de mais de um medicamento. Por exemplo, um para hipertensão, outro para o colesterol e mais um para o diabetes vai resultar no que chamamos de polifarmácia. Além dos medicamentos prescritos, ainda há que se considerar o uso sem orientação de analgésicos,como é o caso do paracetamol que é um medicamento de venda livre,de ação antipirética e analgésica, com fraca ação antiinflamatória. É considerada a principal causa de insuficiência hepática na Grã-Bretanha e EUA. O qual acumula N-acetil-p-benzoquinonaimina (NAPBQI), metabólito extremamente tóxico as células hepáticas. Drogas capazes de ativar enzimas microssomais hepáticas, como fenobarbital e isoniazida, aumentam o efeito hepatotóxico do paracetamol. Assim a partir do momento em que um farmácia começa a entregar medicamentos em domicílio fere os princípios básicos do sistema de saúde,podendo comprometer a vida das pessoas que fazem uso desses medicamentos. A farmácia que vende medicamentos remotos não garante uma orientação farmacêutica adequada,pois quem me garante que o atendente será o farmacêutico? A orientação por telefone ou internet tem a mesma qualidade presencial? A educação permanente garante a difusão e aperfeiçoamento do conhecimento, permitindo melhor avaliação do quadro atual e a Para que todos exerçam seu papel de forma eficaz, o acesso a informações criação de mecanismos que tornem factível o uso racional. A permanente busca de mais saúde e melhor qualidade de vida para a população nos obriga a profunda reflexão a respeito dessas questões. Médicos,farmacêuticos, laboratórios, dirigentes, cidadãos e o governo em todas as suas esferas devem se unir para encontrar a melhor maneira de disponibilizar informação qualificada e isenta que permita a cada um cumprir com suas responsabilidades dentro de uma política de uso racional de medicamentos.
Fabricio Havy Americo Cantalice
Lazaro Gomes do Nascimento
Ilana Karine Medeiros Araujo
Nenhum comentário:
Postar um comentário